A Academia Maranhense de Trovas lançou, em 06 de novembro de 2024, na 17 º Feira do Livro de São Luís (FeliS), a sua primeira antologia, formada por 29 trovadores, sob o título de “Ecos da Academia Maranhense de Trovas: novos trovadores”. O evento ocorreu no espaço “Café literário”, às 15 horas. Era uma quarta-feira. O lançamento foi aberto com uma mesa de conversa composta pelos seguintes trovadores: Wanda Cunha (Presidente da AMT), Dilercy Adler (Vice-presidente), Tereza Cunha, Pedro Neto, Zequinha Trovador e a mediadora, a trovadora Franci Monteles. Ao final, como de praxe, houve o sarau de trovas, interrompido em sua última rodada de trovas, por determinação da equipe responsável pelo espaço, às 16h, porque, encerrado o horário agendado para o lançamento.
Além de amigos, familiares e convidados, participaram do lançamento os trovadores Albiane Oliveira Gomes, Carlos Anaxímenes da Cunha, Clores Holanda Silva, Dilercy de Aragão Adler, Francidalva da Silva Monteles, Gracilene do Rosário Pinto Pereira, Ivone Silva Oliveira, Joana Maria Bittencourt, João Batista Pestana Soares (chegou ao final), José Carlos Castro Sanches, José Maria Brito Lopes, José Nicolau Gonçalves Fahd, Lígia Almeida Pereira, Luis Gustavo Carneiro, Márcia Regina dos Reis Luz, Paulo Francisco Carvalho Bertholdo, Pedro Oliveira Dutra Melo, Raimundo Nonato Serra Campos Filho (ao final), Rossana Cristina da Cunha, Tereza Cristina da Cunha e Silva e Wanda Cristina da Cunha.
Ausentes oito coautores da obra: Adilson Teodoro de Jesus, Ana Carolina da Cunha Rodrigues, Carlos Augusto Furtado Moreira, Elístia Maria Aragão Mendes, José Antônio Ferreira da Silva, Luciana Cristina Nojosa Cunha, Maria Goreth Cantanhede Pereira e Renata da Silva de Barcellos, os quais perderam um dos momentos mais emocionantes do evento: a entrada no recinto de um trovador da primeira geração da Academia Maranhense de Trovas.
Os convidados estavam adentrando o espaço, quando avistei, do lado de fora do “Café Literário”, um senhor de cabelos brancos, camisa de listras verticais, acompanhado por um amigo. Ele buscava encontrar um rosto conhecido. Nunca o tinha visto antes, a não ser em um video. Quando o vi, dei-me conta de que seria o professor Antônio Alves Monteiro, um dos nove trovadores que, em 7 de dezembro de 1968, fundara a Academia Maranhense de Trovas ao lado de Carlos Cunha. Eu tinha ligado, no dia anterior pra ele, convidando-o para o lançamento. Emocionado ele ficara com o convite, confirmando presença. E lá estava ele, cumprindo sua promessa. Dirigi-me até o átrio do “Café Literário” e fui recebê-lo. Foi muito grande a minha emoção ao abraçar aquele que seria o elo entre o passado e o presente da AMT. A impressão que eu tive era a de que já nos conhecíamos há muito tempo e fazíamos parte de uma mesma história. Após o abraço, ele entregou-me um envelope pardo e disse que não era algo de valor que eu poderia abrir depois. Respondi que eu tinha certeza de que era de valor e que, assim que acabasse o evento, eu iria abrir o envelope. Fiquei curiosa.
Na abertura do lançamento, prestamos homenagem ao trovador Antônio Alves Monteiro, entregando-lhe o primeiro exemplar da antologia com a assinatura de todos os coautores presentes. Houve uma sessão especial de fotos com o trovador fundador e só depois que todos puderam cumprimentá-lo, deu-se continuidade ao evento.
Terminado o tempo do lançamento dentro do espaço, todos foram para o lado de fora do Café Literário e houve, simultaneamente, as sessões de autógrafo e fotos, com a troca de abraços, sorrisos e amabilidades entre trovadores e convidados. Antes de despedir-se, o professor Monteiro manifestou sua felicidade por ter recebido a antologia com a assinatura dos coautores.
Cumpridas todas as atividades extraoficiais do lançamento, chegara a hora de abrir o envelope.... E ele disse que não era nada de valor! O que estava ali tinha um valor enorme. Duas folhas de papel: a primeira era uma folha grande de papel com pauta, escrita a punho; a segunda uma folha A4, em destaque azul com um texto digitalizado. Na primeira folha pautada, escrita a punho, letra bem trabalhada, a palavra Trovas e abaixo dez trovas enumeradas e esmeradas. Na segunda folha um poema intitulado IDOSO. Ambas com data de 06 - 11 - 2024; na primeira assinada prof Antônio Alves Monteiro; na segunda subscrita: prof Monteiro.